sexta-feira, 18 de março de 2011

Que

Aperto na expectativa
sentimento de merda.
os olhos contornam o movimento da rua
procuram o contorno estreito
tão familiar
que divaga sobre essa cabeça que vos fala.
e no fim,
os olhos sem levantam
foi tão dramático!
olhos levantados que miram um poste de luz
onde cai uma chuva que ainda que fina
desce forte e intensa
e ao olhar todos os pingos juntos
aperta

dentro
no fundo
os olhos espremem
mas a água deles só vêm depois.
tudo disperso
perdido
ainda que não há admissão
sei
tenho conhecimento
de todas as palpitações.
e não há brincadeira
nem negação
porque toda vez que se sente
na mente
os olhos que cravam
a boca que toca
a pele que roça
toda vez
(toda [in]feliz vez)
a costela
estranhamente
congela
arrepia
um frio
nunca sentido antes.
...não tão intenso.


Não nego
que sinto
que vêm
que dói
que entra
que come
que fode
que arrebata
que leva os olhos pra longe
que leva a mente para desconcentrar
e que dói
e que deixa
tudo assim
como todos os olhares que me deixaram até agora
ali na palma
caindo
aos pedaços.

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