quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Sobre uma sinceridade

Me passei por indiferente por não ter nada a dizer. Sei lá, não sei, eu acho...o que fazer? o que falar? como reagir?
Angústia. É quando tiram seu fôlego e é preciso fazer força para respirar, abrem seu peito e torcem seu coração fazendo uma dor, mas não uma dor doída e sim uma dor calada que vem de gemidos seguidos de suspiros ou vice-versa. Vontade de gritar mas não há ar para gritos. Rastejos, vontade de auto-mutilação, quem é esse que tem o direito de me machucar? Só eu posso fazer isso! Choros, choros, choros, muitas lágrimas que se somam com água do chuveiro, não tem por onde, não tem porquê, não é possível. Torpe, abatida, taciturna. Me encolho na cama e imploro pro sono vir, vai embora consciência...
Então eu percebo que isso não rege a minha vida. Consigo ficar o dia inteiro sem falar a respeito mas como sempre a minha mente me trai, essa sim, não para de pensar um segundo no acontecimento mesmo que as vezes o pensamento fique quieto. Mas eu me distraio com batatas-sorridentes e sorvete. Penso no que dizer e fazer, e mantenho fé para que seja do jeito que me fizer melhor. Eu não tinha reação e agora só penso no que me acalma e ao mesmo tempo me atormenta...é, eu continuo sem reação.
Foi anteontem, suportei o ontem, estou aqui hoje e almejo o amanhã. Amanhã!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Feelings

Você pode sentir? Faz tempo que eu não sinto, não sei mais como funciona mas eu sinto. Eu lembro como é e é bom.
Você pode estar junto comigo? Porque eu não sinto sozinha e sem alguém eu poderia ser o que sempre fui. A insatisfeita. Dessa vez eu vejo chance de ser completada.
Você entende? Eu tenho medo, meu bem. Ah! Como temo! Eu infelizmente sou um pouquinho precipitada e posso estar imaginando tudo antes do tempo. Do mesmo jeito que estou sofrendo antes de saber. Espero não estar interpretando errado.
Você quer? Porque eu quero.
Não posso titubear, eu tenho certeza do que está passando. E só vou desistir se não for recíproco e voltar para as incertas satisfações, prazeres e aquelas coisinhas pequenas.

sábado, 25 de outubro de 2008

único par de olhos bonitos

Então eu procurei olhos bonitos, achei olhos bonitos e não passaram de olhos bonitos. Conheci além e agora a única coisa que eu quero olhar são aqueles olhos bonitos. Aquele conjunto lindo. Me rendi ao que eu achava mais tosco e bobo, porque agora é isso que me faz bem. O nome vem ressoar na minha órbita e eu o quero na maior parte do tempo mas é tão incerto...
Jura que é isso mesmo e eu vou achar ótimo passar o resto dos meus dias com esse par de olhos bonitos. Com ele. Eu bem que quero.

"The voice inside my head"

domingo, 19 de outubro de 2008

Ainda estou viva

De repente eu lembro que estou viva. O sangue ainda corre pelas minhas veias, as artérias funcionam e o ar passa pelo meu pulmão. O ar que as vezes pára pra me deixar sem fôlego. Eu ainda posso sentir um arrepio, ficar olhando feito babaca e ignorar até os mais fortes pensamentos.
Entre alguns eu nunca vi nada mais do que uma satisfaçãozinha. Então parece que eu levo um chacoalhão e percebo que sou mais do que isso.
Não quero dizer mais nada, apenas sei que estou viva, ainda posso sentir que estou viva.

sábado, 18 de outubro de 2008

Vida, espera, vida

Alguns papéis escritos e reescritos sobre a mesa e outros romances. Tudo me soa como um retrato em cor sépia, em que é cansado e enjoado de se olhar. E o que me concentra em prioridades faz eu esquecer de todo o emocional que eu tenho, fui vencida pela cansaço e me rendi: "Coração, estou sem dar ouvidos a ti". Porém, vez ou outra quando estou só e sem nada na mente, me vem a imagem do sorriso dele, atordoante e um tanto utópica para me desconcentrar. A imagem dele já veio até em momentos inapropriados, onde eu só pude engolir minha angústia de sentir tal coisa. Não posso me mexer, terei que ficar vivendo enquanto espero e isso me parece idiota.
Os papéis e romances podem parecer únicos, mas pelo contrário, são superficiais. Os romances são escritos, reescritos e os temas mudam mas o enredo continua o mesmo. Nada mudou por aqui, se eu fiquei mais ou menos louca, já passou e não faz diferença. Minha boca fica seca e meu corpo da sinais de melancolia, se encolhe e as vezes chama por algo que está longe. Não tem jeito, mais uma vez, maldito tempo...
E então eu quero odiar e mandar ficar quieto mas não consigo reagir. As vezes eu esqueço de tudo isso mesmo, então deixa estar. A desilusão as vezes me corrói mas eu mantenho um fiapo de esperança, afinal, eu estipulei um tempo e esse tempo será cumprido. Se eu achar algo no meio do caminho, não terá tempo estipulado, acho que não vou precisar mais de incertezas.

domingo, 12 de outubro de 2008

Fuga

Quero ir embora. Sair correndo, fechar os olhos, tampar os ouvidos e deixar que todas as bombas explodissem. Eu sei eu sei eu sei eu sei eu sei. Eu sei, caralho! Quero viver! Quanto mais eu corro mais eu encontro coisas no meio. Eu já estou indo embora, não se preocupem! Não vou mais atrapalhar! Sério! Juro! Sumi. Pra daqui a pouco ou pra sempre. Posso ser eternamente essa imunda, mas não estarei mais aqui.
Silêncio.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Melhor amigo

Eu quero que você imagine sua vida sem mim. Me tira mesmo, imagina quando você não puder olhar mais nos meus olhos e nunca mais ver minhas gracinhas que te fizeram rir. Queria que você se arrependesse das vezes que me irritou e me fez infeliz, porque apesar de raras, me machucaram.
Sempre respeitei suas antigas amizades, por serem antigas apenas, mas não aceitei as que vieram depois de mim. Você veio quando estive acompanhada e continuou quando desacompanhei. Me colocou em um mundo diferente, cheio de cores e com alguns cantos de escuridão. Fez eu me apegar de tal maneira, como quase um irmão, o amigo que eu nunca tive, o apoio que eu nunca esperei. Não te julguei pelas suas escolhas e nem por ter o talento que eu sempre quis, transformando minha inveja em orgulho a você. Não suporto ficar longe de você, sem saber como está, eu quero ser sua parceira, cúmplice. Não quero que você ria só das minhas gracinhas, mas que chore comigo quando eu quiser te contar minhas lamúrias.
Fiquei preocupada, angustiada e quis te abraçar pra te confortar, pra te ajudar e ver de novo seu sorriso babaca que eu tanto gosto. E você quase passou batido como se ignorasse qualquer importancia que eu quisesse dar. Talvez seja meu egoísmo que tenha escrito isso pra você, mas eu não me importo. É o que eu sinto, injustiçada, exagerada por ficar tão sentida, mas com motivos! Agora imagina eu longe da sua vida, mesmo assim, com o tanto que eu te amo, meu melhor amigo. Não deixa eu ficar assim porque eu mesma já não me imagino sem você.

domingo, 5 de outubro de 2008

Ótima

A última vez que tinha me sentido assim...eu nem sei se lembro. Faz tanto tempo: à vontade, sem medo e segura. Segura do que estava fazendo. Não existia nada que me parasse, que me desmotivasse. Eu estava ali de novo, vendo aquela fresta de luz refletindo minuciosamente, ao som de alguma música. Não precisava de amor no ar e sim a certeza do que queria. Bastava.
Fui eu mesma, expressei do meu jeito, disse o que pude. Fiz o meu melhor, e não porque precisava provar alguma coisa, e sim porque era natural. Ah! E fui feliz, satisfeita. Sorri, olhei, sorri. Me sinto tão bem. Pode até esquecer e deixar isso pra outras. Senti o que mais me faz bem.
O hoje pode ser sem-graça mas eu não me canso de recordar. Tão completa...e antes que levem para uma idiotice feminina, não. É algo só meu, e se for idiotice, é minha idiotice.
Paixão talvez passageira. Mas é agradável ao meu eu.