quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Die die my darling

No caminho até aqui, eu abandonei ali uma menina que fumava cigarro sem saber tragar. As vezes dava uns goles sem saber o porquê, ela só queria ficar no alto e depois sentir a queda livre.
Atração física não era difícil, ela sabia manipular seu rosto, seus gestos e suas palavras para parecer agradável, doce. Enquanto ela só insultava o sujeito por dentro, não correspondendo sentimentos com ações. Alguns minutos fora de si, voltava e repugnava.
Tantos olhos que ela olhou e foram vistos apenas de forma superficial. São apenas olhos castanhos. Na verdade havia uma alma berrando. E o que sentiam era uma carcaça podre, porém com um bom cheiro de atração.
Eu deixei aquela menina e sua carcaça.
Não posso culpa-la, seus sentimentos sempre a deixaram entorpecida e sua alma continuava gritando, seu jeito cativante desperdiçado a fazia transformar a utopia de felicidade em prazer.
Enxergaram além de cores nos meus olhos, a alma não precisou berrar e fez apenas um sussurro. compreendido. Eu entrei na minha sala depois de observar aquelas belas costas ir embora e sentei no sofá. água nos olhos. de sorrisos. Parei e fixei o olhar. mãos juntas em cima do meu colo. Agradeci a Deus. Sussurrei um sentimento.
Não é trágico, é ótimo: a menina que eu deixei morreu.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Encaixe

É quando os olhos dele que se cravam em mim, tentando ler minha mente sendo que é óbvio que na mesma só se passa...ele. E tudo relacionado. minha alma sai de órbita. Os mesmos olhos cintilam. O sorriso que nem é preciso forçar para aparecer. e um só compasso, um só barulho que...nós sabemos. Vai além de mãos, pele, tato. é natural, é sentimento.

e depois, cada vez mais eu sinto: encaixe.
tun
tun
tun

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009


Remember when you wrote on my leg with your fingers?

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Flagro o sol indo embora. O céu fica em cores quentes, grandes nuvens, imensidão. E eu estou sorrindo. As inúmeras perguntas que eu me fiz todos os dias, sem respostas, sem porquês, sumiram...e não tem respostas, talvez nem sejam perguntas. Não questiono vícios, não questiono prazeres, não questiono a minha própria personalidade. Eu sempre soube. Só o mundo que estava parado.
enquanto meu coração estiver batendo mais forte, eu estarei mais firme. A chuva que as vezes insiste cair e relacionava com o meu mundo desabando, agora se relaciona com meu mundo inundando. Cheio de palpitações, das mais fortes. E palavras são desnecessárias, assim como as antigas perguntas. Se eu fechar os olhos, consigo andar em linha reta. mas se eu tropeçar...eu me levanto. Eu sempre levantei.

sábado, 17 de janeiro de 2009

bonito

Chuva. Chuva em nós. Debaixo da ponte não molha. Fora dela molha. Enxarca feito cena de filme.
Olhos, bonito, saudades. Frio na barriga.
Coração tuntuntun. Arrepio. Suspiro. Coração tuuuuuuuuuuntuntuntun.
Chuva...


...repete. Eu não ligaria, até ia gostar.
fuça pra achar o cheiro na roupa, na mão, no nariz, aqui dentro.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

"...I could die right now, Clem. I'm just...happy. I've never felt that before. I'm just exactly where I want to be..."

Eternal Sunshine of the Spotless Mind

sábado, 10 de janeiro de 2009

É como se toda minha sujeira tenha ido ralo abaixo. Por um tempo, não muito controlado, em que eu não preciso me lembrar daquelas coisas que sempre me incomodam, me confundem. Eu não sei direito o que é isso mas o chamo de Viver. Muitas vezes eu paro tudo pra ficar medindo atitudes e tendo vontade de escapar do meu corpo, esquecendo que se tem vida, fazendo tudo de forma mecânica e idolatrando a razão de tal maneira que só tem frieza no meu semblante.
O que acontece na força cósmica, nas partículas físicas e químicas, nas reações do corpo, eu realmente não sei, mas pensar demais não me é necessário e tudo sai sem que tenha uma programação ou um rigor a seguir. Me pego sorrindo ingenuamente. E eu achava que a palavra ingênua nem constava mais no meu vocabulário. Consta. Tem coisa que só estava esperando. Ainda me resta um medo, nem medo, um receio. Mas deixa nas reticências...
E todo o pó ficou pra trás. Dissolvido na pancada de chuva que caiu depois.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Insônia

Por volta das 4 AM. Viro para um lado, para o outro, de bruço. Minha cabeça coça, essa oleosidade está me matando, preciso lavar esse cabelo logo. Eu começo a me questionar porque ele vem tanto na minha mente. Depois lembro do que eu tinha acabado de me despedir...suplico a Deus uma ajuda, uma decisão, uma luz, sei lá. eu digo que não consigo resolver isso sozinha. Eu piro. Minha cabeça volta a pensar na mesma coisa, é bom, é agradável. Mas eu ainda estou pirando. Lembro de que tenho compromissos a cumprir. Estou de barriga cheia e passando mal. E por que diabos eu fico pensando na mesma coisa? Me satisfaço. Bate o sono como é de praxe. Mas ainda estou viajando e tudo 'tá confuso, já deve ter se passado uma hora e...nem sei como cheguei a dormir.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Ansiedade do que eu nem conheço direito.
parece que tudo estava tão bonitinho...bonitinho não existe pra mim. É o que parece.