quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Sobre uma sinceridade

Me passei por indiferente por não ter nada a dizer. Sei lá, não sei, eu acho...o que fazer? o que falar? como reagir?
Angústia. É quando tiram seu fôlego e é preciso fazer força para respirar, abrem seu peito e torcem seu coração fazendo uma dor, mas não uma dor doída e sim uma dor calada que vem de gemidos seguidos de suspiros ou vice-versa. Vontade de gritar mas não há ar para gritos. Rastejos, vontade de auto-mutilação, quem é esse que tem o direito de me machucar? Só eu posso fazer isso! Choros, choros, choros, muitas lágrimas que se somam com água do chuveiro, não tem por onde, não tem porquê, não é possível. Torpe, abatida, taciturna. Me encolho na cama e imploro pro sono vir, vai embora consciência...
Então eu percebo que isso não rege a minha vida. Consigo ficar o dia inteiro sem falar a respeito mas como sempre a minha mente me trai, essa sim, não para de pensar um segundo no acontecimento mesmo que as vezes o pensamento fique quieto. Mas eu me distraio com batatas-sorridentes e sorvete. Penso no que dizer e fazer, e mantenho fé para que seja do jeito que me fizer melhor. Eu não tinha reação e agora só penso no que me acalma e ao mesmo tempo me atormenta...é, eu continuo sem reação.
Foi anteontem, suportei o ontem, estou aqui hoje e almejo o amanhã. Amanhã!

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