domingo, 15 de fevereiro de 2009

in memorian

Ontem a noite eu passei pelo Aricanduva e lembrei que ele mora lá. E logo lembrei que não mora mais. Ele não está aqui, entre nós.
Só restou sua esposa e seus enteados. Que da última vez os vi chorando pela sua partida.

Eu não sei quantos anos ele completaria hoje.
Nem suponho.
Sei que era jovem demais. Consequencias da sua vida desenfreada o fizeram ir mais cedo. Logo agora que ele tinha resolvido tomar algumas atitudes...

Lembro dos momentos juntos. As caixas de bombom. Uma pra mim. Uma para meus dois primos que eram irmãos. O jeito que mostrava os dentes parecendo sorrir. Como era pequeno. E como sabia conversar legal.
Talvez eu tenha cometido um erro de não o ver nos últimos dias. Ou não. Eu não queria ter aquela lembrança. Pensei quase todos os dias. Em todo caso, espero que me perdoe.


Eu não ligo se o Corinthians ganhar hoje. O time que eu mais repugno e era o time do coração dele. Joga hoje, no dia que seria dele. E seria de significado magistral se marcasse um gol pela memória dele. Eu iria lembrar com carinho. Por uma única vez, eu vibraria se hoje a festa da torcida pudesse ser a festa dele.
Grandioso. Não sentido só por mim.



Para o Avô F. Ariola.

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