segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Chuva

Não sei falar sem muito escrever
ficam linhas, palavras pequenas, soluços na garganta, lágrimas nos olhos.

nasceu há um pouco mais de um ano
o que eu nunca vi antes
...
a chuva desceu e molhou o chão
ficou ali, ficou caindo, caiu mais e o carros não pararam
nem a conversa.
foi preciso admitir a beleza pra se ouvir o suspiro
virei vagarosa, com charme e ânsia de tocar o que falava como um canto, como a seda.
arfava quente, cheirava meu rosto, procurava a boca.



hoje na chuva corremos e fomos pequenos rindo, com frio
cabelos molhados.
pingos brilhantes dançavam no seu rosto
dançavam até o queixo para pingar!
seu olho tem uma cor que eu nunca vi e brilhavam nos pingos, refletindo a água no seu rosto em seus olhos.
assim como as lágrimas de quem ama tanto.

depois da chuva com o calor terno de quem compartilhou a mesma água,
eu me encolhi pequena
A Sua
criança que se encolhe no peito procurando o quente para proteger.
Me toca
com amor, meu amor.
meu olho fecha para você adivinhar sensações,
minha boca abre pra você me dar a alma.

desperta paixão,
se apaixona,
encanta
meu olho é seu olho, mesma visão

seus cílios tão grandes
fazem cócegas
igual faz na barriga as borboletas que você brota
a borboleta apaixonada que pousou.


perdão
palavras vão saindo
meu olho vai enchendo
amor explodindo!

toca em você dormindo agora no colchão, agarrado ao travesseiro
sonhando
com

a chuva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário