quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Abstrato, vulgo mentira

Não pude evitar minha epifania em meio a aula em concordar com o heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro.
De linguagem simples e palavras repetidas, seu conceito é muito simples e, ao ver distante, parece que tem mais é preguiça de pensar.
As vezes eu penso que as coisas que aprendemos, as informações e os nomes decorados, são, inevitavelmente, obras do homem. Vemos físicos ficando surpresos ao descobrirem a força de atrito de um objeto numa rampa, sendo que, os números, os nomes, os conceitos, as medidas, foram todas e todas definidas pelos seres humanos. E todos eles podem estar mentindo.
Assim como hoje ouvi: Cnidários contém dimorfismo, ou seja, tem duas formas. Existem os Pólipos que são sesséis (ou seja, são fixos, ex: corais) e os Moluscos que são "vida livre" (óbvio, são livres, ex: água viva). Então chegaram a conclusão: nós, seres humanos, somos iguais por termos olhos, nariz, boca, braços, pernas, enquanto os cnidários podem ser "dois"
mas
quem garante que são a mesma espécie?
quem definiu isso? o homem!
ele pode ter mentido. e daí que tem o mesmo aparelho digestório, respiratório?
é um conceito tão abstrato. Pensando nisso, tudo nesse mundo pode se duvidar.
a gramática, a matemática, letras, números!


Alberto Caeiro diz que tudo que não são sensações, não são verdades.
O que realmente existe, é o cheiro, tato, olfato, paladar. O que podemos sentir, tocar e ver.
Lógico, em partes, não concordo como um todo. Assim como acredito em conceitos abstratos, como o amor, mas antes que pense, não como breguice, mas um amor de mãe, por exemplo.
Mas até onde conceitos que pessoas criam são verdades? Até onde números são reais, nomes são denominados corretamente, nem correto existe! A moral não existe em si. Alguém criou.



!




Querendo ou não, não aconselho a refletir sobre tal questão.
Não leva a lugar nenhum, não vai te ajudar a ganhar o prêmio Nobel e muito menos terminar a redação de português, como eu, que é o que eu deveria estar fazendo.

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