terça-feira, 29 de setembro de 2009

Quando toca Tim

Quanto toca Tim, toca Tun.
Não importa aonde, nem quando. É transcendental e meu corpo vai para outra área. Muitas áreas.
A de um dia da semana à noite, na meia luz do quarto onde dirigia-se, pelas primeiras vezes, o amor. Que até então era gostar. Onde só havia pele, essência e corações batendo. Onde a novidade sempre é nova.
A área de um sábado de madrugada, praça pública na cidade, pessoas, pessoas e pessoas. Aperto, cheiro incessante da droga verde, músicas cantadas por todas as vozes. O corpo só pedia aproximação de uma dança, o brilho dos olhos, mesmo que o pé esteja doendo, mesmo que esbarre mais alguém. O coração sabe onde está, ele bate frente a um peito que dança junto, transcende e hipnotiza, ama e sai de órbita.
A órbita feliz.

Quando toca Tim, toca Tun.
E quem fizer uso, quem dizer em vão, eu não estarei olhando, eu me transportarei para a boca que canta perto do meu ouvido e sorri com felicidade, faz pequena marca no rosto.
Porque eu correlaciono com facilidade e seu pensamento vem rápido na memória.
Quando toca Tim, toca Tun.
Eu lembro dos toques, do sentimento entorpecido que nunca acaba e tem beleza, eu faço uma oração e peço que nunca saia de mim. Nunca saia de nós.
Eu juro em nome do Tim, do Tun, que serei exclusivamente a sua menina (pensa que não vai ser possível?) e sua pessoa é eternamente gravada nesses nomes, com mais ninguém, mais nada, coisa nossa.
Jamais desvirtuará o sagrado.






"Toda vez que eu olho
Toda vez que eu chamo
Toda vez que eu penso
Em lhe dar
Ah! Ah!...O meu amor."

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