quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Velhas amizades

Eu não tenho amigas definitivas de infância. e nem tenho uma melhor amiga como toda menina. Eis vou contar a minha história:
As primeiras amigas da qual tenho lembrança, são Fernanda, Bianca, Leticia e Amanda. Não necessariamente nessa ordem. Fizemos a pré-escola juntas, nossas mães são amigas e sempre tivemos fofoquinhas. Mudamos de colégio juntas, menos a Amanda que sumiu e só tornou a aparecer quando me achou no orkut. Sempre ficamos juntas apesar dos vários amigos ao redor. Mas nunca me esqueço, da cena do intervalo: eu, elas e mais outras meninas. eu simplesmente ignorada em um canto qualquer da mesa enquanto elas se divertiam com as outras meninas. Me senti um fantasma e a Arielle veio brincar comigo fazendo "buuuh", me chamando de fantasma. Começou nossa amizade.
A Arielle sempre foi meio fria. Ainda mais fisicamente, eu sempre quis abraça-la e nunca tive coragem de pedir um abraço. mas isso não impedia de eu gostar muito dela, da amizade, das listas que a gente inventava e dos jogadores de futebol que ficavamos idolatrando. Sempre andavamos juntas, as vezes algumas se juntavam a nós, mas nunca durava. Só a gente suportava ficar o intervalo inteiro no banheiro com "medo" do pátio. Uma vez, a Victória se juntou novamente e dessa vez foi diferente...estavamos nos afastando cada vez mais e brigavamos cada vez mais sem motivos. Eu tinha sido trocada. acho que a melhor palavra é trocada. Porque quando deixamos uma pessoa para outra, somos trocados. Sei lá.
Comecei a andar com a Marina, mas não deu muito certo. A Marina era popular, ficava com vários meninos e eu era magrela, estranha com 2kg de lápis no olho. Até que durou. Logo em seguinda, engatei em uma imensa amizade com a Camila. A Camila também estudou comigo na pré-escola mas nunca fomos de conversar. Nossa amizade é uma das coisas mais bonitas que tenho lembrança. As madrugadas fuçando na internet, as fotos idiotas, o jeito que só ela tinha e principalmente, o abraço que só ela tinha. Por uma idiotice, senti um afastamento um tempo depois e me separei dela e de outras meninas. Eu estava só e a primeira pessoa que me pendurei foi no meu novo namorado. Eu tinha a Amanda (2), que era prima dele e eu gostava de conversar com ela e adorava seu jeito carinhoso. Mas minha obsessão pelo namoro me levou a fechar os olhos e ignorar qualquer laço amigo.
Comecei a conversar com a Evelyn pela internet, eu havia estudado dois meses na mesma sala que ela e só depois de um tempo fomos conversar direito. Confesso que eu era louca pela sua vida, seu orkut e seu fotolog. Nos encontramos, saímos, fomos atacadas pela Turma da Mônica e foi o começo da dupla mais inseparável do momento. Carne e unha, metade da laranja, alma gêmea, lado a lado. Praticamente passavamos todos os fins de semana juntas! Nas minhas experiências mais bizarras, ela estava do meu lado. Éramos amigas do Bruno, íamos no parque e faziamos besteiras, coisas erradas. Ela começou a namorar e cada vez mais sumia. E só não sumiu porque não sumiu mas não é mais como antes.
Então conheci a Marilia através do orkut de um conhecido (colega? amigo?). Eu não a perdi ainda.
Hoje, tenho contato com quase todas. Não tenho mais amizade de antes, do jeito que eu queria...as vezes eu as vejo, as vezes faço uma confissão, as vezes dou risada. Sempre "as vezes". Tenho algumas em que confio mais, mas nenhuma que se compare ao que essas meninas foram pra mim. Porque eu estou acostumada a ser "trocada", que as tirem de mim ou que simplesmente elas vão embora. Já me disseram que isso acontece porque sou possessiva, porque não tenho paciência, etc. E eu só acho que elas foram porque foram. Não as culpo e sei que algumas estão aqui ainda. Eu as amo. e enfim, o motivo de eu estar escrevendo tudo isso, é porque estou sentindo que minha atual amiga mais próxima está indo também...e pelo mesmo motivo. Outra pessoa.

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