sábado, 27 de setembro de 2008

O Vazio, O Oco, O Nada

Imagine o nada. Nada. Não, não é pra imaginar uma coisa toda branca, afinal, é uma coisa branca. Imagine o nada! Nem um buraco negro, afinal, é um buraco negro. O nada...impossível. Com as inúmeras coisas que já vimos nessa vida, imagens, sons, cheiros, algo que não dá pra fazer, é imaginar o nada. Da mesma forma, não da pra se dizer que dentro de cada um existe um "nada", "vazio", "oco". O ser humano é tão egoísta que ama até sua própria dor. e ama tanto que nem quer se livrar dela, apesar de todo o estrago que faz. Opta pelo método mais difícil de sustentar uma serra-elétrica dentro de si, dilacerando todas as partes possíveis, sendo que seria mais fácil pedir ajuda pra uma força maior que rege o universo e dizer "eu posso, eu consigo, eu quero me livrar disso".
Claro, vez ou outra, sempre existem lacunas em nossas vidas que necessitam serem preenchidas. Mas não podem dominar. ninguém morreu por isso e não dessa vez que vai morrer, por que não se distrair com as coisas que tem até conquistar e preencher o tal buraco? o que essa dor faz com a gente que nós a amamos tanto e fazemos questão de morar, fazer parte? porque a dor não é das pessoas e nunca será. ela pode ser corrigida, tirada ou curada.
Eu, particularmente, confesso que queria ter essa força pra lutar contra minha dor. Mas na maioria das vezes, eu prefiro me encolher e fazer do vazio, do oco, do nada, um amigo.

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